terça-feira, 8 de outubro de 2013

O discurso de p&$@# nenhuma


(Texto publicado na edição de setembro/outubro de 2013 da Jambêndula, jornal mural do bloco de Comunicação Social da Universidade de Franca)

Saí da última exibição da sessão Nanook* com 72 pulgas atrás da orelha. 

É impressionante como alguns estudantes de comunicação social continuam com a estupidez de culpar a “mídia” - sempre personificada pela Rede Globo - e o “governo” como os causadores de todos os males da humanidade. 

“Eva comeu a maça porque não havia política pública que garantisse alimentos para os habitantes da terra”. “Nero incendiou roma influenciado pela porcaria da novela das 8h”... E por aí vai.   

Não que os apontados sejam santos puritanos, mas é preciso enxergar além daquilo que é colado em nossas testas! A coisa piora de figura quando esses camaradas descobrem os termos “Agenda Setting” e “Espiral do Silêncio”. 

De verdade... É bonito encher a boca e falar sobre esses assuntos! Faz com que nos sintamos “intelectualizados”, pensadores fora da caixa, formadores de opinião. 

Contudo, esses colegas precisam se perguntar algumas coisas: qual é o seu papel – como cidadão e profissional de comunicação - diante de tudo aquilo que julgam errado, podre, imoral, ilegal, antiético? O que podem – e devem – fazer para mudar a situação de sua cidade, do país, do mundo? 

Querem mudar alguma coisa? Comecem por vocês mesmos! Sejam a mudança! 

Enquanto isso não acontece, veremos possíveis futuros talentos serem transformados em meros “papagaios”, reprodutores de discursos enlatados, vazios e ilógicos.







*Sessão Nanook consiste na exibição bimestral de filmes e documentários com o objetivo de levar os estudantes de Comunicação Social da Unifran (Jornalismo e Publicidade e Propaganda) à reflexão e debate sobre diversas questões importantes. 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Média de mais de 3 gols por partida e agressão a árbitro marcam rodada da Taça Paraíso



Muitos gols e violência marcaram a terceira rodada da Taça Paraíso de futebol, realizada no domingo, 1º de setembro. Em oito jogos, as redes balançaram 27 vezes, média de 3,37 tentos anotados por partida. O destaque negativo ficou por conta da agressão física a um árbitro no Estádio 1º de maio. 

Quatro jogos foram disputados pelo grupo A da primeira divisão. A atual campeã da taça, a equipe dos Marques, conquistou sua segunda vitória em dois jogos ao derrotar, no Estádio Comendador João Alves, o Juventude Aquinense pelo placar de 1 a 0. Outro que conseguiu manter os 100% de aproveitamento na chave foi o time da Mocoquinha que, jogando no Campão, não tomou conhecimento do Ipiranga e venceu por 3 a 0. 

Depois de estrear com derrota para os Marques na abertura do torneio, Termópolis se recuperou e conseguiu resultado positivo diante do Balança: 3 a 0 no Estádio Étore Cantieri. Já o Santa Cruz, manteve a invencibilidade na taça ao vencer o Unidos do Alto por 2 a 1, no estádio 1º de maio. 

Com os resultados, Mocoquinha e Marques lideram o grupo A com seis pontos (Mocoquinha está à frente pelo saldo de gols: 3 a 2); as equipes são seguidas de perto pelo Santa Cruz, detentor de quatro pontos. Termópolis, com três pontos, segue na briga; Juventude Aquinense, Unidos do Alto e Ipiranga estão colocados na parte de baixo da tabela com um ponto cada. Balança ainda não pontuou. Os oito times do grupo A da primeira divisão voltam a se enfrentar no dia 15 de setembro.

Pela divisão de acesso, mais oito times jogaram em busca da vitória. No 1º de maio, pelo único jogo do grupo A, o Expressinho, que realizara sua primeira partida na competição, fez 3 a 0 no Itamarati, lanterna da chave com duas derrotas em dois jogos e oito gols sofridos.

As outras três partidas foram realizadas pelo grupo B. No estádio da Paraisense, o Cruzeirinho – derrotado na primeira rodada - não tomou conhecimento da equipe do Mambrini, fez 4 a 1 e somou seus primeiros pontos. Líder do grupo com seis pontos, o Juventude Verona despachou o time do Barreirinho na Praça de Esportes Castelo Branco por 2 a 0. Por fim, Guardinha B e América Paraisense protagonizaram o jogo com mais gols da rodada: 4 a 3 para o América. 

Ao fim da rodada, o grupo B da segunda divisão tem o Juventude Verona como melhor time na tabela, seguido por Barreirinho, América e Cruzeirinho, todos com três pontos. Verona e Cruzeirinho se enfrentam no próximo domingo no “Campão”. As demais equipes da chave só voltam à disputa nos dias 15 e 22 deste mês.

                                                                                   
AGRESSÃO
Durante partida disputada no Estádio 1º de Maio, o árbitro Mozart Neves foi agredido por um atleta do Unidos do Alto assim que o Santa Cruz anotou o seu segundo gol. De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar, o agressor acertou um chute no rosto do juiz. A partida foi encerrada aos 37 minutos da segunda etapa. Ferido, Mozart foi conduzido ao pronto-socorro com um hematoma no lado esquerdo da face. O resultado de 2 a 1 para Santa Cruz foi mantido. 

Ao Jornal do Sudoeste, presidente da AFAP (Associação de Futebol Amador Paraisense), Ricardo dos Santos, afirma que a súmula do jogo e o B.O. serão encaminhados à Comissão Disciplinadora da Taça Paraíso ainda nesta semana. Conforme explica, atletas envolvidos e, até mesmo, a equipe podem ser excluídos do certame. Além disso, o agressor poderá responder judicialmente. Dirigentes de outras agremiações pedem punição exemplar. 

Confira os jogos válidos pela 4ª rodada da Taça Paraíso, que acontecem no próximo final de semana:
Estádio Comendador João Alves
13h40 – Expressinho X Sport (Série B)
15h40 – Guardinha X Novo Horizonte (Série A)
Estádio Étore Cantieri (P.E.C.B.)
13h40 – Tiradentes X Itamarati (Série B)
15h40 – P.E.C.B. X Juventus (Série A)
Estádio 1º de Maio
13h40 – Operário X Olhos d’Água (Série B)
15h40 – Paraíso dos Tratores X Juventude (Série A)
Estádio “Campão”
13h40 – Cruzeirinho X Juventude Verona (Série B)
15h40 – Supermercado Zico X Tapir (Série A) 
   
 Confira a classificação das equipes:

Série A


Série B


Arte: Pedro Mumic

Agricultura familiar ganha novos horizontes com programa da merenda escolar

Antes desanimados, pequenos produtores celebram nova fase: “Não pretendo mais trocar essa vida pela vida na cidade”


A Lei Federal N°11.947, que trata da aquisição de produtos para a alimentação escolar está mudando a vida de muitos daqueles que tiram da terra o seu sustento. Isso porque, desde 2010, o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) exige que as escolas públicas estaduais e municipais adquiram, no mínimo, 30% dos alimentos da merenda escolar de pequenos produtores rurais.

 Em São Sebastião do Paraíso, onde a lavoura sempre foi protagonista na geração de emprego e renda, a história não foi diferente. E o casal de produtores Vanderlei Martins Sá e Aparecida Reis são testemunhas de que o programa do Governo Federal trouxe novos rumos para a agricultura familiar.

Antes, desmotivados com o cultivo da banana, Vanderlei e Aparecida cogitaram a possibilidade de vender a propriedade na região da Queimada Velha e se mudarem para a cidade com suas duas filhas. A ideia só não foi colocada em prática graças à Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), que apresentou o programa aos produtores. “Não pretendo mais trocar essa vida pela vida na cidade. O programa é um incentivo para o produtor não sair da roça. Depois que começamos a vender as frutas para a merenda escolar, nós ficamos animados a continuar aqui”, conta Vanderlei.

 Na propriedade de pouco mais de cinco hectares, dos quais quatro são destinados à agricultura, o casal possui algo em torno de quatro mil bananeiras, que lhes rendem cerca de 1.300 caixas da fruta por ano. Todas devidamente entregues às instituições de ensino às segundas-feiras. O produto que hoje alimenta milhares de crianças e adolescentes paraisenses, por muitas vezes, chegou a estragar pela falta de compradores. “As coisas melhoraram muito. Antes, perdíamos até metade da safra. Hoje não se perde nada”, afirma Aparecida.

Os agricultores também cuidam de uma plantação de duas mil figueiras. No entanto, planejam substituir parte dessa cultura por mais bananeiras. Mesmo colhendo 15 toneladas de figo por safra, o casal afirma que o produto exige mais cuidados e maiores investimentos e gastos. Na época da colheita, Vanderlei e Aparecida precisam contratar uma terceira pessoa para ajudá-los.

O valor de comercialização das bananas fornecidas às escolas e os programas de crédito oferecidos por instituições financeiras também são celebrados por Vanderlei e sua esposa. Com as garantias, os produtores investiram cerca de R$ 60 mil em uma câmara fria com capacidade de armazenar até 250 caixas de banana e uma caminhonete para transportar as frutas. “Já sofremos muito, mas hoje conseguimos manter e investir em nossa propriedade. Hoje está mais fácil conseguir créditos. Se a pessoa quiser trabalhar, tem recurso para fazer tudo”, completa Vanderlei.

A fartura na produção é tão grande que os dois afirmam ter plenas condições de vender mais do que o valor máximo permitido pelo Governo Federal, que hoje é de R$ 9 mil/ano por Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP), concedida para as propriedades que se dedicam à agricultura familiar. Para que isso possa acontecer, é necessário que o órgão aprove um projeto que eleva o teto de vendas para R$ 20 mil anuais por produtor.

Além da alteração, que deve ser sancionada em julho, os agricultores de São Sebastião do Paraíso já podem vender mais do que o limite de R$ 9 mil por DAP graças à união da classe.  “Isso foi possível porque o grupo, com o apoio da Emater e do Departamento Municipal de Agricultura, conseguiu a DAP Jurídica para a associação dos produtores. Dessa forma, eles poderão vender tudo o que as escolas necessitarem em nome da associação”, esclarece Marco Aurélio Alves de Paula, presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (Cmdrs).

Sobre o sentimento de ver seu negócio prosperar, Vanderlei se emociona: “Trabalhávamos de empregados, não tínhamos nada e hoje estamos prosperando, graças a Deus. Me sinto um rei. Se a pessoa tem vontade de trabalhar e de crescer, pode ter certeza que chega lá”.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Um dos maiores goleiros da história da AAP, Zé Luiz afirma: “Poderia ter jogado em um dos grandes do Brasil”

(Reportagem publicada pelo Jornal do Sudoeste em julho de 2012)

Reza a lenda que goleiro é a posição mais ingrata do futebol. Dizem também que onde ele pisa não nasce grama. A negatividade dos ditos populares, entretanto, jamais assustou José Luiz Pereira, arqueiro da Associação Atlética Paraisense durante as décadas de 1980 e 1990. Considerado por muitos como um dos melhores jogadores da história de São Sebastião do Paraíso, atuou em diversas equipes profissionais de Minas Gerais.

Longe dos campos há mais de 15 anos, as defesas de “Zé Luiz”, hoje com 46 anos, ainda estão vivas na memória dos torcedores da “Verdona”. Dono de um posicionamento invejável debaixo das traves, ele começou sua carreira em 1984, quando disputou a segunda divisão do campeonato mineiro. Muito jovem e sem receber salários do clube, o goleiro era obrigado a dividir seu tempo entre os treinamentos, o tiro de guerra e o trabalho como auxiliar de pedreiro.

Um dos seus primeiros treinadores na equipe profissional da Paraisense foi Claudio Coutinho, parceiro de Pelé no Santos campeão de tudo na década de 1960. Ele lembra que foi ao lado do ex-craque que ele vivenciou uma das cenas mais marcantes de sua carreira. “No dia anterior a um jogo contra o Olímpia, em Lavras, alguns jogadores nossos foram para um baile na Praça de Esportes e passaram a madrugada por lá. Como iríamos sair de Paraíso logo de manhã, pegamos esses rapazes na porta do clube e viajamos. Chegamos em cima da hora para o jogo, nem deu tempo de fazer aquecimento. Entramos em campo e logo no primeiro tempo tomamos quatro gols, fora as quinze bolas que defendi. No segundo tempo, achei que tomaria uns dez, mas só tomei dois. Vim embora chateado, pensando em largar o futebol. Mal tinha começado e já queria parar. Mas daí o Coutinho me disse: ‘Não Zé Luiz, não foi a primeira vez que você tomou seis e não vai ser a última1. Foi uma experiência muito boa”.

No ano seguinte, com a troca da diretoria, Zé Luiz e seus colegas de time foram todos dispensados. O novo presidente preferiu contratar jogadores profissionais e fechou as portas para os jovens da região. Sem oportunidade na Paraisense, o goleiro voltou ao amadorismo. “Ele poderia ter segurado os amadores, já que não tinha gasto nenhum. Poderíamos adquirir experiência com os mais velhos, mas isso não aconteceu”, lamenta.

Em 1987, o atleta poderia ter tido a grande oportunidade de sua carreira. No entanto, a “inexperiência” e a “falta de vontade” de dirigentes da AAP (clube detentor de seu passe), impossibilitaram Zé Luiz de atuar em grandes clubes do futebol brasileiro. Ponte Preta, América-MG e Cruzeiro se interessaram pelo futebol do goleiro, porém, nenhum acordo foi fechado. O jogador só ficou sabendo das propostas muito tempo depois.

José Luiz acredita que, se estivesse em atividade nos dias atuais, poderia atuar em um time de ponta. Segundo ele, a principal diferença do futebol de sua época para o de hoje é o trabalho dos empresários. “Naquela época eu tive algumas oportunidades, mas eu não tive um dirigente com visão para poder me ajudar. Ele teria um retorno financeiro e eu também. Poderia ter jogado em um dos grandes do Brasil”, lamenta.

De volta à “Verdona” em 1989, o goleiro disputou a segunda divisão estadual. Em seguida, com os direitos federativos na mão, foi para a Patrocinense, de Patrocínio de Minas. José Luiz rodou por diversos times até que, em 1994, mais uma vez, vestiu a camisa um da AAP. Naquele ano a equipe conseguiu o acesso para a tão sonhada série A do mineiro. Depois, se transferiu para o Vila Nova, também da primeira divisão. “Lá eu joguei contra o Taffarel, Dida, Renato Gaúcho... Quando você chega perto desses caras, percebe que são profissionais, pois são mais estruturados. Mas dentro de campo não tinha nada disso. Eu me igualava a eles e, apesar da fama, os encarava de igual para igual. Tinha que defender meu pão”, lembra.

Uma série de contusões e algumas decepções financeiras fizeram com que o goleiro deixasse os gramados. Mesmo assim, declara que não mudaria uma linha sequer de sua história de amor com o futebol. “Acho que eu fiz o meu melhor, só não tive a oportunidade de ter alguém para me ajudar. Mesmo assim, não faria nada diferente”. Sobre a saudade dos tempos dentro das quatro linhas, Zé Luiz afirma que o sentimento existe, mas trata de deixar o passado em seu devido lugar. “Hoje a minha vida é outra, a minha realidade é outra e tenho que encará-la”.

Aos 46 anos, Zé Luiz trabalha como pedreiro em Paraíso


Equipes jogam pela 3ª rodada da Taça Paraíso neste final de semana


Marques é a atual campeã da Série A da Taça Paraíso - Foto: Mariano Bícego

Trinta times participam da edição deste ano do maior campeonato amador da região

Começou neste mês a 24ª edição da Taça Paraíso, um dos maiores e mais organizados campeonatos de futebol amador da região. A disputa pelo título da competição, que chega a sua 3ª rodada neste final de semana, mexe com a emoção das apaixonadas torcidas, que costumam lotar os estádios paraisenses nos domingos de jogos.
Nesta edição, cerca 660 atletas (divididos em 30 equipes e duas divisões), lutam até o mês de dezembro para saber quem será o detentor do título mais importante do futebol paraisense.
Os 16 times da primeira divisão foram divididos em duas chaves de oito equipes, que jogam uma única vez entre si dentro do seu grupo. As quatro melhores de cada lado se classificam para as quartas de final e as duas piores amargam a queda para a segunda divisão. A série B, com 14 times, acontece no mesmo formato. Os quatro melhores do torneio garantem o acesso para a série A do ano seguinte.
Até agora, 16 partidas foram realizadas nos estádios Comendador João Alves, Étore Cantieri (P.E.C.B.), 1º de Maio e Campão pelas séries A e B da taça. A média de gols marcados nesses jogos foi alta: 3,81. Destaques para os jogos Olhos D`água 5 X 0 Itamarati (2ª divisão) e Praça de Esportes 7 X 3 Novo Horizonte (1ª divisão). Atual campeã da Taça Paraíso, a equipe do Marques FC derrotou Termópolis por 2 a 1 e começou a busca pelo bicampeonato com o pé direito.
AFAP
Em 2013, a organização do torneio de futebol é realizada pela AFAP (Associação de Futebol Amador Paraisense), que venceu certame licitatório realizado pela prefeitura. A associação é responsável pela realização das taças Paraíso de futebol, futsal e veteranos 40, além da Supercopa, pelo período de 12 meses. A Secretaria de Esporte cede os estádios e quadras da cidade e repassa a verba para custos com materiais, arbitragem e outros.
Presidente da associação desde abril, Ricardo Amador dos Santos fala sobre a importância do torneio. “É um desafio muito grande, pois é um campeonato muito esperado e querido por todos. Mas é muito bom organizar a taça e ver as pessoas irem aos campos para torcer. Ficamos felizes”, comenta.  Para garantir o sucesso das edições anteriores, Santos afirma que uma comissão da AFAP julgará com seriedade e firmeza qualquer deslize disciplinar de jogadores e dirigentes.
História
Alguns dados e curiosidades marcam a história de mais de duas décadas de disputa do torneio amador. Goleadores, grandes times, maiores campeões. Mesmo com o passar dos anos, tudo isso continua muito bem guardado na memória dos admiradores da Taça. Veja algumas delas:

Com cinco conquistas, o Nacional é o maior campeão da Taça Paraíso. Além dos troféus de campeão, o time é considerado o mais disciplinado de todos os tempos.

Almir, campeão em 1987 com o Unidos da Pracinha, é o maior artilheiro em uma única edição do torneio. Naquele ano, o atacante anotou incríveis 22 gols. Ao seu lado jogaram Dica, Diná, Camilo, Castor, Chiquinho e Batata, alguns dos melhores atletas que desfilaram pelos gramados de Paraíso, segundo especialistas do futebol local. Batata, por exemplo, é apontado como o maior jogador da história da competição. Ele também foi técnico, dirigente e presidente da Associação Atlética Paraisense.

Nos primeiros anos da década de 1990, a Praça de Esportes Castelo Branco conquistara o primeiro de seus dois títulos com boas doses de dramaticidade. Logo no início da grande final, o goleiro Elson falhou e cedeu o gol inaugural ao time do Itaguaba, que precisava apenas de um empate para levantar o troféu. Com a necessidade de reverter o placar, a PECB foi ao ataque e virou a partida para 2 a 1. A poucos minutos do fim, o árbitro marcou um pênalti para o Itaguaba. A conversão do tiro livre acabaria com as esperanças da Praça, mas Elson, vaiado pela torcida durante todo jogo, saltou em direção à bola e a defendeu. Era a redenção do goleiro.

Outro fato marcante na história do certame é a série de invencibilidade do Mocoquinha, tetracampeão da Taça Paraíso. Mesmo sem conquistar o título há duas temporadas, a equipe não perdeu para ninguém de 2009 a 2012. Em 2010, chegou ao vice-campeonato após ser derrotado pelo time dos Marques na disputa de pênaltis. No ano seguinte, caiu diante do Santa Cruz nas semifinais, mais uma vez nas penalidades máximas.